Possui graduação em Pedagogia (1986), mestrado (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1986) e atualmente é professor desta mesma universidade. É pesquisador e coordenador do Laboratório de Estudos Audiovisuais OLHO da Faculdade de Educação da Unicamp. É membro de Departamento de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte. Coordenador da Rede Kino - Rede Latino Americana de Cinema e Educação. Coordenador da Linha de Pesquisa Educação, Linguagem e Arte do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Unicamp. Pesquisador das interfaces entre cinema e educação, imagens e máquinas, formação de professores e o sensível.
Projetos em andamento
Dispositivos de criação e a experiência do cinema na escola de educação básica do município de Campinas (início 2016) Coordenação: Carlos Eduardo Albuquerque Miranda O projeto se instala em uma parceria através de assessoria, planejamento, implantação e pesquisa do Programa Cinema & Educação: A experiência do cinema na escola de educação básica Municipal, criado pela a Secretaria de Educação do Município de Campinas para a aplicação da Lei 13.006, que obriga todas as escolas de educação básica a exibir duas horas de cinema nacional por mês como componente curricular complementar. Nessa perspectiva, propõe realizar a formação de cineclubistas a serem envolvidos nas ações educacionais, para que estes possam assumir o protagonismo necessário na relação com o cinema na escola, tendo como perspectiva a formação do espectador voltada à produção de outras imagens audiovisuais na comunidade escolar, imagens que tenham potência de promover outras miradas para a escola e para o cinema. Cinco tópicos norteiam as experimentações que se desdobram desse projeto de pesquisa e extensão:
O cinema como encontro de espaços e tempos, como prática social que excede às interações no contexto educacional; possibilita a (trans)formação da tessitura de saberes e conhecimentos que se atualizam nas relações de diferentes vozes e olhares;
O cinema como potência estética, criadora e agenciadora de acontecimentos que possibilitam a (re)organização da rede polifônica de discursos;
O cinema na escola inventa um mundo compartilhado que permite deslocamentos sensíveis entre diferentes, que afetam o espaço comum e as formas de ser e sentir de cada um. Mundo compartilhado este que é aberto ao que pertence à comunidade escola. Todos aptos, emancipados a produzir imagem.
O cineclube na educação é um dispositivo de invenção partilhado pelos filmes e fragmentos de filmes, cuja função é desestabilizar e repartir as maneiras de ver, falar e fazer na escola.
Cada filme ou fragmento de filme é uma experiência que excede o mundo compartilhado que o cinema inventa na escola, pois cada filme ou fragmento de filme forma linhas de força com outros filmes e fragmentos de filmes compondo planos espaciais e temporais da materialidade do cinema. Neste sentido é possível esboçar filiações estéticas, éticas e políticas de filmes e fragmentos.
Máquinas de ver (início 2015) Coordenação: Carlos Eduardo Albuquerque Miranda O projeto de pesquisa, ensino e extensão "Máquinas de Ver" articula educação e cinema na educação básica e na formação de professores. Opera na seleção e confecção de dispositivos de criação de imagens a partir da história técnica e estilística do cinema, para inventar e propor oficinas de experimentação de cinema como ato de criação. As oficinas funcionam como intervenções através da docência e da extensão e, têm por objetivos: pensar a potência do conceito de cinema expandido para o trabalho educacional; estimular a produção de imagens audiovisuais na escola de educação básica e na formação de professores; operar na fronteira entre produção artística e da formação humana; inventar um mundo comum com o cinema e a educação para deslocamentos sensíveis dos regimes de vigilância e espetacularização das imagens audiovisuais e; pensar cineclube na educação como dispositivo de inversão partilhado pelos filmes e fragmentos de filmes, cuja função é desestabilizar e repartir os modos de ver, dizer e fazer na escola. A pesquisa que se operacionaliza pela cartografia das intervenções nos regimes de audiovisualidades que atravessam a escola e a formação de professores, tem como objetivos: compreender o maquínico da produção de imagens e de audiovisualidades e detectar linhas de força nos processos de individuação e sobrevivência das imagens em situação de produção audiovisual na escola e na formação de professores.